sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Mulher de 79 centímetros dá à luz bebê de 46 no Pará

SÃO PAULO - Maria do Socorro Gomes dos Santos, que mede 79 centímetros, deu à luz esta semana no Pará a um bebê de 46 centímetros, mais da metade de sua altura, como informou nesta sexta-feira, 22, o hospital onde ocorreu o parto. O nascimento ocorreu na segunda-feira passada no hospital Santa Casa de Misericórdia, em Belém. Os médicos tiveram que fazer uma cesárea na mulher, que sofre de nanismo.

Maria do Socorro, de 37 anos, se tornou a segunda menor mãe do mundo. Em 2006, a americana Stacey Herald, que mede 71 centímetros, deu à luz o primeiro de seus três filhos.

O primeiro filho de Maria do Socorro, que se chamará Abner, pesa 2,3 quilos e nasceu sem complicações, como disse à Agência Efe a assessora de imprensa do hospital, Etiene Andrade.

A mulher sofre acondroplasia, um tipo de nanismo que é transmitido de pai para filho. As pessoas que sofrem do problema têm a cabeça e o tronco normais, mas as extremidades superiores e inferiores menores que o habitual.

Segundo o relatório médico, a paciente teve uma gestação normal, embora nos casos de nanismo a gravidez possa criar complicações e pôr em risco a vida da mãe e do bebê.

Além de nanismo, a mãe tem uma má-formação na coluna vertebral, o que forçou os médicos a usarem anestesia geral durante o parto, que durou cerca de 40 minutos.

Durante a gravidez, María do Socorro chegou a pesar 26 quilos, 5 a mais que o habitual, e não conseguia ficar de pé.

Fonte: Estadão.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Arqueólogos acham esqueletos abraçados há 6 mil anos na Espanha

Após 20 meses de investigações, arqueólogos da Espanha concluíram que um par de esqueletos encontrados abraçados, no sul do país, tem 6 mil anos.

Embora os ossos tenham sido achados em 2008, a revelação de que eles foram encontrados só foi feita agora, após o estudo detalhado dos esqueletos - que especialistas estão chamando de "os apaixonados".

A descoberta foi feita por acaso por operários da prefeitura de San Fernando, na província de Cádiz, quando eles preparavam um terreno para construir um estádio de hóquei sobre grama.

Cientistas consideraram o achado "extraordinário do ponto de vista emocional".

Segundo a antropóloga Milagros Macías, que analisou a fossa dos esqueletos, "o indivíduo depositado à direita corresponde a um adulto com idade dental estimada entre 35 e 40 anos e o da esquerda corresponde a uma menina de 12 anos".

O relatório confirma ainda que os dois teriam sido enterrados abraçados de propósito.

"Não há dúvidas sobre a intenção por parte dos que executaram o enterro de que houvesse contato físico entre ambos, Já que certamente existiria um forte vínculo afetivo (entre eles)."

Vínculo de amor

O diretor das escavações, Eduardo Vijande, no entanto, diz que "ainda é cedo para garantir que se trate de um casal apaixonado".

Segundo ele, falta conhecer os resultados das provas antropomórficas e antropométricas para saber se o esqueleto da direita, o adulto, pertence a um homem ou uma mulher, além de exames de DNA que poderiam determinar a existência de uma relação familiar entre ambos.

"Poderiam ser pai e filha, ou mãe e filha, o que mudaria o romantismo do descobrimento, mas ainda assim mantém o vínculo de um grande amor", afirmou Vijande.

O estudo sobre as ossadas, feito pelo gabinete arqueológico Figlina, destaca a forma em que os braços e pernas foram entrelaçados indicando "mortes simultâneas ou muito próximas no tempo".

Os investigadores se surpreenderam também com a descoberta de pigmentação ocre na metade inferior dos esqueletos e a localização de várias agulhas de osso na parte posterior do crânio do indivíduo adulto.

Segundo os antropólogos, isso estaria relacionado com os costumes de penteado da época.

O local onde os esqueletos foram descobertos, em San Fernando, se tornou grande sítio arqueológico.

Lá foi encontrado um cemitério pré-histórico de 6 mil anos de idade, do período neolítico, com 83 ossadas em um estado de conservação que surpreendeu os especialistas.

Fonte: BBC Brasil.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Pirâmides do Egito não foram construídas por escravos, segundo pesquisa

CAIRO - Novas tumbas encontradas em El Giza apóiam a visão de que as Grandes Pirâmides foram construídas por trabalhadores livres e não por escravos, como se acreditava, disse o arqueólogo-chefe do Egito neste domingo.

Filmes e a mídia retrataram por muito tempo escravos trabalhando no deserto para construir as gigantescas pirâmides somente para encontrar uma morte miserável no fim de seus esforços.

"Essas tumbas foram construídas ao lado da pirâmide do rei, o que indica que essas pessoas não eram de forma alguma escravos", disse Zahi Hawass, arqueólogo-chefe que lidera a equipe de escavação do Egito.

"Se fossem escravos, não teriam o direito de construir suas tumbas ao lado da tumba do rei."

Hawass disse que uma série de tumbas de trabalhadores, algumas delas encontradas nos anos 1990, estava entre as maiores descobertas dos séculos 20 e 21. Elas pertenciam a homens que construíram as pirâmides de Khufu e Khafre.

O arqueólogo encontrou anteriormente trabalhos de grafite nas paredes por trabalhadores que se denominavam "amigos de Khufu" --mais um indício de que não eram escravos.

As tumbas, no planalto de El Giza, na fronteira oeste do Cairo, têm 4.510 anos de existência e se encontram na entrada de uma necrópole de um quilômetro e meio de comprimento.

Hawass disse que havia provas de que fazendeiros no Delta e no Alto Egito enviaram 21 búfalos e 23 ovelhas para o planalto todos os dias para alimentar os trabalhadores, acreditando-se ser 10 mil --cerca de um décimo da estimativa de 100 mil do historiador grego Heródoto.

Esses fazendeiros eram isentos de pagar impostos ao governo no antigo Egito --evidência que enfatiza o fato de que estavam participando de um projeto nacional.

A primeira descoberta das tumbas dos trabalhadores em 1990 aconteceu acidentalmente quando um cavalo tropeçou numa estrutura de tijolo há 10 metros do local de enterro.

Fonte: Estadão.